saúde, amor e paz!
Que seja leve,
aliviando o que ficou para trás.
Que ele conserve
a alegria das conquistas.
Que preserve
o verde da esperança vivida.
Que seja breve,
ou não!
Mas que sempre releve
o que revela o coração!
Decidi gravar 3 dos meus poemas mais acessados e lidos em áudio, para aqueles que, por qualquer motivo, não consigam ler. Espero que gostem da novidade! Não deixem de se inscrever para receberem um aviso toda vez que um novo conteúdo for postado no blog!
Analista de métricas
Dormir ao acordar
Cantadores
| "O leiteiro" (grafite sobre Canson) |
Dona
Maria, dona de casa trabalhadora, mãe zelosa, e também, muito observadora.
Certo
dia, ao sair para comprar leite do seu João, notou algo diferente nele:
- Bom
dia, seu João!
- Bom
dia, dona Maria!
- Vou
querer um litro e meio, tá?
- Tudo
bem.
Dito
isso, seu João virou-se para o banco do passageiro de sua pickup, onde estava o
galão de leite, para atender ao pedido. Dona Maria percebeu que ele estava
triste e, depois de pegar a vasilha cheia de leite que estendeu para ela, o seu
rosto surgiu na janela apático, com uma tonalidade muito particular: “um
amarelo vivo”.
A
dona de casa o interpelou:
- Seu
João, estou percebendo que o senhor está um pouco triste... por acaso você está
assim, meio doente?
- Não,
Dona Maria, estou me sentindo ótimo! Por quê?
- Não,
por nada.
O
que seu João não sabia é que Dona Maria possuÃa dois defeitos graves: era um
pouco negativa e muito insistente.
-
Mas eu estou achando que o senhor está muito pálido!
- É
mesmo? A senhora acha???
O
que ninguém sabia, também, pelo menos não Dona Maria, é que o leiteiro era
muito influenciável.
- É,
o seu rosto está com um tom amarelado: um amarelo vivo!
- Meu
Deus, mas o que a senhora acha que pode ser?
- Não
sei. O que eu sei é que o meu cunhado uma vez ficou amarelo assim, como o
senhor.
- É?
E como ele está?
- Está
melhor do que nós. Pelo menos assim espero.
- Como
assim?
- Não
sei, espero que esteja em um bom lugar.
- Por
que, ele está hospitalizado?
- Não,
está morto, mesmo! Espero que esteja no céu, brincando com os anjinhos... e
mais coradinho, também.
- Nossa!
Eu acho que não estou me sentindo muito bem!
- Pois
é, corre para o hospital, talvez ainda dê tempo, né?
- Tempo
do quê?
- Do
senhor se salvar!
- Nossa,
é isso mesmo que eu vou fazer!
Seu
João conseguiu virar o carro com uma manobra só e subir a rua em três segundos,
até hoje não se sabe como. Todos, inclusive Dona Maria, apostaram que ele
morreria de qualquer jeito: ou de acidente de carro ou de doença grave.
Mas
seu João não morreu nem de uma coisa, nem de outra. Está vivo e forte como
nunca e continua a entregar leite para Dona Maria. E vai com uma camisa
vermelha, que é para não dar a impressão de estar muito pálido.
| "Pulmon@r" (arte digital) |
Oh, mordaça!
Me solte para que eu possa
respirar, falar,
e andar, andar, andar...
Só um pouco.
Oh, mordaça!
Me prenda para que eu possa estar, calar,
e ficar, ficar, ficar...
Só um pouco.
Seja como for,
Preciso de você.
Só um pouco, mais um pouco, um pouco mais.
O eu-lÃrico e a autora são distintos.
| "Máscaras ao sol" (foto) |
Tiara C. França é goianeira (metade goiana, metade mineira), criada em Goiânia e Formiga.
Descobriu o gosto pelas Artes Visuais desde os 6 anos de idade, quando se pegou reproduzindo personagens de HQ's, de maneira autodidata e espontânea. Cursou pintura a óleo no Atelier Arte Pura. Especializou-se em Ensino de Artes Visuais pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Começou a escrever textos literários ainda na escola. Formou-se em Letras pelo Centro Universitário de Formiga (UNIFOR-MG). Já teve contos publicados em outros sites e em coletâneas do Clube Literário Marconi Montoli.
O blog foi criado no inÃcio da pandemia, em abril de 2020. É uma tentativa de tornar a fase da pandemia do COVID-19 um pouco mais leve, reflexiva e divertida para as pessoas. E perdura até hoje!