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    VIRTUALIDADES


    Não se afete tanto
    a ponto de dizer: "Lavei a alma!"
    Foi dita pela sua pior versão e, 
    na verdade, você a sujou.
    Lembre-se: você também afetou alguém. 
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    Antes de pintar, 
    sempre escolho os pincéis.
    Às vezes, acerto na escolha.
    Eles me olham
    e cumprem a sua missão. 

    Tiro alguns do lugar,
    sem deles precisar.
    Embora precise só vê-los
    E saber que estão ali. 

    Só consigo quando vejo a todos!
    Eles são o todo
    de parte de um tudo pra mim:
    pela Arte, pela parte que me cabe
    ao som do meu coração!



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    O jardim era todo colorido,
    com diversas espécies de flores.
    Tinha o cravo contido
    e aquelas multicores.


    Uma era peculiar:
    A dama-da-noite.
    Durante o dia, a dormitar
    e. à noite, a perfumar.

    A poesia mudou sua rima.
    Os versos reversos,
    para trazer de volta a alegria do jardim.


    O jeito da bela dama incomodava as outras.
    O girassol, que sempre seguia o sol, 
    à noite dormia. 
    "Como pode ficar acordada e ativa à noite?"

    A dama-da-noite foi ficando triste,
    a ninguém prejudicava.
    Não sabia ser de outro jeito.
    Vendo aquilo, a dona do jardim,
    arrumou um canto perfeito.

    Como adorava o seu perfume,
    colocou-a num lugar de destaque,
    próximo à sua janela.
    Não guardou mágoa nem nada,
    pois agora poderia ser ela.
    E era o que bastava.

    A propósito, 
    há quem critique poesia sem rima,
    sem um verso saber escrever.
    Para esse, somente uma flor perfumada
    em sua lapela, para aprender a ser feliz
    e gostar de ler!

    E até aqui, rimas à parte,
    a história floresceu,
    o jardim se reergueu.
    A dama, embora feliz,
    foi mais feliz perfumando o mundo!




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    No dia 7 de novembro de 2024,
    o meu coração disse:
    "Somos Deus, o amor, você e eu"!
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    Durante um dia inspirado,
    quase perto do Natal,
    deparei-me com um achado:
    uma moeda de 2 mil réis, nada mal!

    Dentro de uma caixa, como um presente. 
    Era da coleção da família.
    Agora, minha moeda da sorte.
    Fez do passado, o meu presente 
    e, da minha Ilíada,
    o meu norte.

    Ainda reluz, mesmo não sendo estrela
    E ainda tem o seu valor
    É a chama de uma vela
    Guiando-me por onde eu for!







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    Eu era da bagunça, 
    você da organização. 
    Aprendi a me organizar 
    para ganhar o seu coração!

    Você correspondeu, 
    deixou-se levar por um furacão.
    Sofreu no início,
    até que florescesse sua emoção!

    Nos demos as mãos 
    e abraçamos um amor bipolar.
    Nos entendemos.
    Bagunça e organização não querem se largar!

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    Orelha direita, um pouco para frente.
    Olho esquerdo mais que míope, diferente. 

    Ovário direito, aumentado.
    Ventrículo cerebral esquerdo, abaulado. 

    Sobrancelha direita, mais arqueada.
    Perna esquerda, levemente apequenada. 

    Aquém da simetria, cultuada.
    Importa a do coração, inteira e eternizada.

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    Sobre mim

    Tiara C. França é goianeira (metade goiana, metade mineira), criada em Goiânia e Formiga.

    Descobriu o gosto pelas Artes Visuais desde os 6 anos de idade, quando se pegou reproduzindo personagens de HQ's, de maneira autodidata e espontânea. Cursou pintura a óleo no Atelier Arte Pura. Especializou-se em Ensino de Artes Visuais pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

    Começou a escrever textos literários ainda na escola. Formou-se em Letras pelo Centro Universitário de Formiga (UNIFOR-MG). Já teve contos publicados em outros sites e em coletâneas do Clube Literário Marconi Montoli.

    O blog foi criado no início da pandemia, em abril de 2020. É uma tentativa de tornar a fase da pandemia do COVID-19 um pouco mais leve, reflexiva e divertida para as pessoas. E perdura até hoje!

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