Tudo serenou.
E vem passando.
E vem voltando,
tudo ao normal.
Velho ou novo, afinal?
A compaixão, a gratidão, a comoção.
Tudo serenou.
E estão indo.
Bem-vindo,
Normal!
Velho ou novo,
eis o final...
Chamei um contador
para aplacar as minhas dores.
Faturas em forma de dor
para comprar os meus amores.
Ele contou tudo, aparentemente.
E disse: “Ainda nem começou!”
“Mas você é tão inteligente!”
“Acontece que você ainda não me pagou.”
“Devo, não nego, pago quando vier.
Fui pra longe, passagem só de ida.
De mim, fale o que quiser...
vou recalcular a minha vida.”
“Quanto a mim, não se preocupe.
Contei todas as suas dores.
Apenas se ocupe
e, da próxima vez, contrate cantadores”.
Neste poema, eu-lÃrico e autora são distintos.
Tiara C. França é goianeira (metade goiana, metade mineira), criada em Goiânia e Formiga.
Descobriu o gosto pelas Artes Visuais desde os 6 anos de idade, quando se pegou reproduzindo personagens de HQ's, de maneira autodidata e espontânea. Cursou pintura a óleo no Atelier Arte Pura. Especializou-se em Ensino de Artes Visuais pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Começou a escrever textos literários ainda na escola. Formou-se em Letras pelo Centro Universitário de Formiga (UNIFOR-MG). Já teve contos publicados em outros sites e em coletâneas do Clube Literário Marconi Montoli.
O blog foi criado no inÃcio da pandemia, em abril de 2020. É uma tentativa de tornar a fase da pandemia do COVID-19 um pouco mais leve, reflexiva e divertida para as pessoas. E perdura até hoje!